terça-feira, 1 de setembro de 2009

Educação para a inovação, inovação para a educação

Como este semestre de faculdade está todo voltado para a abertura das pequenas e médias empresas, principalmente o setor de RH....É isso mesmo que ouviram, pedagogia também é administração ou vocês acham que todo professor só dá aulas?
Enfim, achei um texto ótimo de Amanda Costa e gostaria de compartilhar com vocês!

"Ultimamente, muito se comenta sobre os números decrescentes nas vendas dos grandes jornais impressos, a perda do monopólio da informação pelas grandes corporações, a democratização do acesso à cultura, aos meios de produção da cultura digital, à possibilidade de opinar, retrucar, enfim… tudo isso é muito bom, mas pouco se comenta sobre aquilo que está na raiz dos avanços que nos têm permitido todas essas coisas: a inovação.

Um dos autores que têm se debruçado sobre esse tema é o economista norte-americano Robert Rosenfeld, e, como eu trabalho para um economista, fica difícil não ter contato com o que se desenvolve nessa área. Aliás, como defensora ardorosa da interdisciplinaridade, não poderia me furtar de estabelecer as relações (muito necessárias) entre as diversas áreas de conhecimento e a minha área de formação, a educação. Nesse sentido, um dos temas que muito me interessam é o da educação para a inovação.

Segundo Rosenfeld, a inovação é a força vital de uma empresa; se ela não criar o novo, morre. Isso é um princípio antigo, mas hoje ele se torna muito mais visível, quase tangível. Não apenas pelo fracasso das empresas que não conseguem se adequar ao espírito da inovação na era digital (as gravadoras de CDs são um exemplo), mas também pelo fato de sermos bombardeados a todo momento por produtos e práticas inovadoras, muitas delas provenientes das cabecinhas do usuário comum. O mundo é, hoje, um desaguadouro de inovações tecnológicas, mas e o que a educação tem a ver com isso?

Ora, um dos aspectos mais importantes de todo processo criativo é que ele é realizado por pessoas. São as pessoas que criam a inovação. São elas que geram as idéias e entendem como colocá-las em prática, e a educação pode e deve fomentar o desenvolvimento do potencial inovador dos indivíduos, cada um dentro de seu estilo cognitivo. Na visão de Rosenfeld há duas categorias cognitivas: empreiteiros e pioneiros. Os empreiteiros são aqueles que, dentro de uma organização, garantem que tudo funcione todo dia. Seu trabalho pode até parecer pouco criativo, repetitivo, burocrático, mas as pessoas que têm esse perfil cognitivo são as que garantem o funcionamento da máquina, pois se quisessem fazer tudo diferente a cada dia, nada funcionaria em nenhuma instituição. Já os pioneiros são aqueles que geram pensamentos diferentes, vêem as coisas de forma diferente da maior parte das pessoas, percorrendo caminhos incomuns enquanto pensam sobre um determinado problema.

Pioneiros e empreiteiros são perfis cognitivos diferentes, e ser portador de um ou de outro não é uma decisão consciente. O mais interessante, entretanto, é que ambos fazem parte do ciclo de inovação, pois os pioneiros gostam de gerar novas idéias, mas dificilmente têm a disciplina, o engajamento e o empreendedorismo necessários para concretizá-las e disseminá-las. Para que isso aconteça, e o processo inovador se sustente dentro de um grupo, é necessário orquestrar a interação entre os pioneiros e os empreiteiros. Assim, embora os primeiros possam ser a fonte das novas idéias, ambos fazem parte do ciclo da inovação. Inovação que pode ser incremental ou de ruptura (também chamada breakthrough), na primeira há o aperfeiçoamento de um produto ou prática já existente, na segunda há o rompimento com um paradigma vigente, resultando em um novo produto ou prática. São dois extremos da inovação e há toda uma gama de possibilidades inovadoras entre eles.

Hoje, vemos que a educação está envolvida nesse processo de duas formas diferentes, ou em dois estágios diferentes: 1) ela é chamada a fomentar o processo de inovação através de uma formação que desenvolva o potencial inovador de cada pessoa, e 2) também é chamada a se reinventar e tornar-se uma prática inovadora em si mesma, e uma das soluções mais interessantes desenvolvidas para atender a essas novas demandas para a educação é o chamado Mestrado Profissional.

Essa modalidade de pós-graduação (instituída em 1998 pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) vem crescendo nos últimos anos em nosso país, e sua principal diferença em relação ao mestrado acadêmico é a ênfase em estudos e técnicas ligadas diretamente à qualificação profissional que proporcione um alto desempenho.

O tradicional mestrado acadêmico (que pode e deve continuar existindo) tem um formato que possibilita a formação do pesquisador e do professor de alto nível, ou seja, um tipo de inteligência majoritariamente acadêmica. O objetivo do mestrado profissional não é esse. Embora seja possível exercer a docência com um título de mestrado acadêmico, o seu foco é a formação de um outro profissional, atendendo à demanda de formação em nível de pós-graduação de uma clientela que já está atuando profissionalmente e não encontra a formação adequada no mestrado acadêmico e tampouco nas especializações.

Um dos pontos fortes do mestrado profissional é o horário diferenciado, deixando explícita a preocupação com a vida profissional do estudante. Enquanto o mestrado acadêmico obriga o aluno a ficar o dia inteiro na universidade, o mestrado profissional entende que aquele aluno deve continuar trabalhando enquanto se aperfeiçoa, uma vez que a dinâmica de formação desse tipo de mestrado está diretamente articulada ao fazer diário das organizações nas quais os estudantes atuam. Essa flexibilização do horário, longe de ser razão para demérito, é uma grande vantagem para a formação profissional, até porque quantidade de carga horária e qualidade de formação não necessariamente andam de mãos dadas. Além disso, a clientela que demanda o mestrado profissional tem, em geral, entre 35 e 45 anos, é uma clientela mais madura, profissionalmente mais experiente e mais disciplinada nas questões ligadas ao gerenciamento de suas agendas, ao contrário do estudante do mestrado acadêmico que é, majoritariamente, um jovem entre 25 e 30 anos, formado há pouco tempo.

O fato de que os mestrados profissionais precisam ser credenciados e avaliados pela CAPES é um ponto que conta muito a favor na hora de optar por ele ao invés de uma especialização. O aval da CAPES é uma garantia de qualidade que as especializações não oferecem. Além disso, o mestrado profissional é pós-graduação stricto sensu, ou seja, tem o mesmo efeito legal do mestrado acadêmico, conferindo grau de mestre e as mesmas prerrogativas. A propósito, recentemente a CAPES lançou a Portaria Normativa Nº 7 na qual apresenta normas específicas para o credenciamento e a avaliação de mestrados profissionais, na expectativa de que instituições que ofertam especializações de alto nível criem propostas para transformá-las em mestrados. Entre as novas diretrizes publicadas, merecem destaque a inclusão de outras formas de trabalhos de conclusão (e não apenas a tradicional dissertação) e a obrigatoriedade de que parte do corpo docente seja formada por professores com experiência profissional reconhecida e formação específica na área em que lecionam.

Essa interação mais efetiva entre a academia e o mundo do trabalho é uma ponte muito necessária no mundo de hoje, pois a academia forma o intelectual, forma o pesquisador, forma o professor, mas também forma o profissional inovador que vai atuar nas empresas. Atualmente há, por exemplo, uma demanda crescente por pedagogos para atuarem nos setores de Recursos Humanos em empresas. Durante muito tempo esses postos foram ocupados por psicólogos com seus testes de personalidade para seleção de funcionários. Hoje, a realidade é outra e as empresas precisam não apenas selecionar bons funcionários, mas propiciar um ambiente profissional que seja também formativo, que fomente a inovação, e quem entende de formação não é preferencialmente o psicólogo, mas o pedagogo, o profissional formado na ciência da educação. Por que não pode haver um mestrado profissional em Pedagogia Empresarial para os pedagogos que atuam cada vez mais nas empresas?

Que venham os mestrados profissionais! É hora de formar para inovar, e de inovar nas modalidades de formação!"

sábado, 29 de agosto de 2009

Pinturas Surreais de Jacek Yerka

A Arte embora seja uma das matérias consideradas pela maioria dos alunos boba, tem como papel principal contar histórias do presente, do passado e até do futuro através dos tempos. A Arte como objeto de estudo teve forte influência nas nossas histórias de vida ao longo dos séculos, através de vários povos que contam histórias famosíssimas inspiradas apenas em seus desenhos. (Destaque para o Código Da Vinci, inspirado nos quadros de Leornado da Vinci).
Inseridos principalmente na história, a Arte em si busca não só evidenciar o pensamento do artista como também busca levá-lo a desenvolver sua intelectualidade acerca movimentos, das belezas esquecidas nesse mundo, por onde passamos por tudo tão depressa que não temos tempo de parar para apreciar algo simples, mas incomum a nós mesmos.
Pensando nisso, foi que Jacek Yerka decidiu a nos levar a este mundo fantástico das histórias de nossas vidas e infância, onde cada um tem um pouco das suas histórias estampadas em seus quadros como uma parte surreal de nós mesmos! Espero que gostem!








Para saber mais sobre Jacek Yerka vovê pode comprar os livros Mind Fields e The Fantastic Art of Jacek Yerka, A Portfolio of 21 Paintings ou visitar o site oficial.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009


Sei que este é um blog sobre educação, mas sinto informar que ela não está me detendo nenhum um pouco a este desabafo que pretendo escrever.
Tenho visto nos últimos dias o cenário mais deprimente de minha vida em uma análise na faculdade onde estudo. Constatei por vias de pesquisas e por observação que a ciência do achismo está cada mais mais evidente no professores, sem contar na falta de compromisso e responsabilidade para com os próprios alunos que por sua vez diante deste fato explícito, também estão perdendo o pouco estímulo que ainda lhes resta para estudar e se entregando aos seus próprias teorias sobre estudo sem nenhuma noção de vertente.
Cada vez mais vejo as xerox lotadas de folhas e mais folhas de assuntos sem nenhum conteúdo realmente aproveitável para a vida acadêmica dos alunos, onde metade de meus professores se baseiam dizendo que fazer um resumo da xerox seria um exercício bastante eficaz para nossa aprendizagem. Acabaram-se as palestras onde se discutiam idéias e começaram as palestras onde se falam apenas de conceitos, os quais não podem ser contestados, as aulas com slides com poucas letras (ah, que saudades dos tópicos) quase não se dá para ler direito, aliás, dá sim, se tivermos tempo para ler um livro, visto que, os slides viraram isso.
Filmes, aulas de campo, atividades estão todas lá devidamente registradas nas cardenetas, mas só lá. Raro ver algo incomum a isso, a não ser pela falta desses professores que quando se dão conta de quem tem alunos resolvem vir dar aulas. Hoje mesmo tive minha primeira aula de TCC I, uma alegria (nem tanto) depois de 1 mês e meio sem ver o rosto da professora.
Devo dizer o que mais me incomoda nisso tudo?! Pois aí vai! A faculdade onde estudo é PARTICULAR! Dá pra acreditar?

RESULTADO DA PESQUISA: Vocês fingem que estudam pra ensinar e eu finjo que assisto aulas! E dá tudo certo no final! Afinal, EU TÔ PAGANDOOOO!

terça-feira, 2 de junho de 2009

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise..
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo... "
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

DIÁLOGO DOS SONHOS

- O que você quer fazer da sua vida? Quais os seus planos para o futuro?
- Quero sonhar!
- Mas porque? Só sonhar não leva a nada, você devia pensar no seu futuro, pensar no quanto você pode conquistar.
- Mas eu já tenho o suficiente! Tenho meus amigos, meus estudos, minha família, sou feliz!
- Você devia pensar mais em usar seu potencial, sua inteligência para conquistar algo.
- Não preciso provar nada, eu sei que sou, meus sonhos me bastam!
- Você é maluco, não pensa no futuro, vai ficar no meio do caminho.
- Não me importo, no meio do caminho as pessoas passarão por mim, e eu vou sonhar junto com elas, de cima só poderei assistir a vida passar e nada poderei fazer sendo platéia.
- Se eu fosse você não faria isso! E ficou pensando lá parado por um instante porque ao invés dos outros que querem ser os autores do espetáculo, ela queria ser platéia!
- Isso mesmo que você ouviu, eu quero ficar a beira do caminho!
- Vamos? Você vai perder o que tem que ganhar por causa de suas maluquices
- Não vou e ponto.
- Você é mesmo teimoso viu! Então até mais!
- Até.
Passassam-se vinte anos até que suas vidas se cruzam novamente.
- Como vai amigo?
- Bem amigo, e você como está?
- Bem. E você?
- Aaaaah, tenho tanta coisa pra te contar desde aquela dia que nos vimos pela última vez. Sabe, eu lutei e consegui. Hoje sou dono de uma grande empresa, tenho vários funcionários, uma linda família, muitos amigos e muitas posses, consegui realmente mudar de vida. E você? O que conquistou?
- Também ganhei muitos amigos, tenho uma casinha no interior, vivo bem! :) Não tenho muitos parentes ainda vivos, alguns se foram, sinto falta deles.
- Lembra do que te falei antes, há vinte anos! Te disse que não ia conseguir nada, tá vendo o que ganhou aí parado vendo os outros passarem?
- Mas eu ganhei, eu ouvi histórias, vivi algumas, sofri na maior parte, mas me sinto feliz em ter deixado um pedacinho de mim em todas as pessoas com quem convivi.
- Ata, e você não poderia também ter feito isso junto conosco?
- Não, eu precisava sonhar!
- Mas que droga, você bebeu? Você é a prova viva que apenas sonhos não levam a nada!
- Talvez!
- Eu tenho que ir! Foi uma prazer revê-lo novamente!
- Igualmente!
Homem sai pensando: Esse aí vai morrer cedo, não tem motivação e muito menos inteligência, porque se ele tivesse ao menos um pouquinho não ficaria aí parado vendo as coisas passarem sem fazer nada!
Tempos depois o amigo recebe a notícia que seu amigo faleceu e ele fora herdeiro de um livro que seu amigo o havia deixado. Contrariado foi buscá-lo pensando ser talvez uma carta de despedida do amigo dizendo o quanto ele estava certo. Essa idéia o fez se encher de orgulho e pensou, eu vivi.
Ao receber o pacote cheio de papéis viu histórias de pessoas desconhecidas, suas amarguras e seus desesperos humanos, entre algumas de seu próprio amigo. Achou algumas interessantes e resolveu publicá-las em sua homenagem!
Resultado: Hoje Sigismund Schlomo Freud ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud) e suas idéias são freqüentemente discutidas e analisadas como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico. Tudo porque analisou sonhos à beira do caminho!

Qual é a moral? Sonhe você com ela! E depois me diga o que achou!

Texto escrito por mim mesma tá! :) Bjos!

sábado, 2 de maio de 2009

A Educação vem de pequenos atos!

Lendo o blog do Sílvio Meira vi um comentário dele que me deixou até meio contrariada: "blogs pessoais se tornam referência só e somente quando conseguem se estabelecer como fontes críticas – no sentido de crítica e auto-crítica- do universo informacional de que tratam. os blogs “familiares” ou de “amigos”, feitos para uns poucos interessados, ou os “sectários”, que são de interesse de pequenos “imbecis-coletivos”, grupos de pessoas com inteligência, cultura e atividade acima da média, que se reúnem e cooperam para se imbecilizarem mutuamente… não chegam, nunca, muito longe. fora de seu círculo, nunca terão credibilidade. simples assim. ficarão fechados nos seus pequenos universos de crença e interesse e sobreviver, neste caso, já será um ótimo resultado".
O que dizer? Poderia desfilar minha língua ferina em razão dos blogs e até do meu blog, mas apenas vou me propor a dizer que embora a blogsfera seja uma forma de mídia quase instinta e de meia idade como cita o autor, os blogs não são apenas feitos como forma para ganhar mídia e sim compartilhar conhecimentos e crescer, porque não se embecibilizar mutuamente?, já aprendi muito mais lendo um post sincero, as vezes arrependido, frases bestas ou até melosas sem muita significância e aprendendo muito mais em um minuto do que passando o dia no twitter ou até em sites de notícias que expressam sua indignação em suas críticas, suas sugestões e até suas respostas pré-fabricadas e nada fazem de significativo além de reproduzi-las e enfiar mais informações nas nossas cabeças apenas para absorver o que chamamos de "atualizações". Hora, se atualizar não significa apenas está a par do que anda acontecendo no mundo e sim do que acontece dentro de nós em relação ao mundo. Se você tem certeza do que fez, ou está fazendo não irá se preocupar se os outros o acharão inteligente ou mesmo um embecil, apenas terá consciência de que se doou o melhor de si, quem sabe se o nosso universo seja simplesmente apenas o que queremos para sermos felizes? John Lennon mesmo disse que esteve em vários lugares e nunca esteve tão bem quando se encontrou dentro de si mesmo. Então porque criticar aqueles que são felizes com o pouco, afinal todos temos os mesmo direitos!

INOCÊNCIA

“Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Raiva como combustível


Diga-me e seja sincero com você mesmo caro leitor quem nunca teve um dia daqueles em que a raiva te dominou e você abriu a sua famosa lábia e destilou todo seu veneno? Agora, me respondam, você lembrou se estava tímido nessa hora ou se tinha público para ver seu "piti" não ? Pasmem! Essa raiva contida no ser humano pode ser usada para estimular o aluno a criar desafios, segundo eu mesma! :)
Como eu cheguei a essa conclusão? Simples. Digamos que como toda pessoa tem uma vez na vida, tive uma semana não muito agradável, mas a gota d'agua foi um seminário na minha faculdade o qual fiz um esforço tremendo pra ir assistir acordando as 6:00 da manhã com febre, entrando num ar condicionado de 20 graus, morrendo de fome e tremendo de frio, sem contar no "cash" investido para a tala proeza: taxa de inscrição, almoços, transporte entre outras coisitas más!
Enfim, veio o tão esperado momento depois de uma hora de atraso :( .
Ao apresentar a banca, não vou citar nomes, fulano de tal, com mestrado, doutorado e blá blá blá... começasse a palestra!
Tenho que falar, considerando minha doença, o ar (tava muito frio mesmoooo), nunca vi as horas passarem tão devagar na minha vida e nesse dia conheci a impaciência bem de perto, juro que se não fosse pelas horas aulas, metade da nossa platéia tinha desaparecido.
Pra começar, palestra não se dá apenas com slides e sim contestando e falando, se fosse pra ler eles, e olha que eu contei 15 slides apenas da primeira palestrante com frases imensas, eu também dou palestra assim e bem melhor modéstia a parte, sem contar nos erros de português ? Poxa, somos uma turma de pedagogas, não de analfabetos.
Depois veio a segunda palestra, na qual minha paciência já tava um pouco esgotada, então aí fiquei crítica mesmo! A palestra foi boa, digamos, mas o microfone dessa vez foi quem não ajudou, começou a falhar aí o negócio desandou, foi uma interrupção só, a palestrante se perdeu um pouco no assunto, sem contar nas fotos ? No inicio da palestra tudo bem, mas ficar na frente da pessoa tirando foto é o.Ó.
Finalmente terminou, quando pensei que ia pro meu adorado almoço, eis que surgem as perguntas do auditório à banca, gosto até de escutar, mas repetir as mesmas só pra passar o tempo ninguém merece, o que mostra que não houve organização, porque começar com uma hora de atraso e terminar com uma de antecedência é falta de planejamento, não acham?
Pra não prolongar a minha raiva, vamos a parte da tarde, depois do almoço, nem me pergunte pela terceira palestra, num escutei nada, pois além da voz da palestrante ser baixa, sem microfone, eu na última fila (por causa do ar), dopada de remédio, num dá em nada ?
Mas como dizem que depois da tempestade sempre vem a calmaria, posso dizer que pelo menos deixaram o melhor pro final, a última palestra foi ótima, tempo certo, bem explicada, nada de muitos slides e um bom assunto e instrutivo além de tudo!
Enfim, voltando a minha teoria da raiva, pelo menos uma coisa eu aprendi e que Freud sempre tentou explicar nas entre linhas e ninguém entendia: nosso instinto sendo animal e totalmente sexual (ou seja, tudo aquilo que nos atrai) sempre estamos em busca do prazer e quando este é frustrado completamente, temos uma perda da integridade do corpo, a RAIVA, e para que isso se reestabeleça tem que haver recompensa, visto que, buscar o novo, novas soluções para resolver o problema estimula o pensamento criativo e consequentemente aprendizado assim como a minha reflexão. Então cheguei a conclusão de que ocorre o mesmo com as crianças e até mesmos com nós adultos. Lembrando das minhas aulas, lembrei que em algumas competições que fiz em sala de aula, alguns grupos tinham esse espírito de raiva, não porque não gostassem de seus colegas, mas queriam a "recompensa" e o que estimulava isso era o sentimento de competição ajudado pela RAIVA, que não só os estimulavam a pensamentos mais criativos, mais a ações diferentes, o que faziam com que se destacassem dos demais. Por isso, agradeço a todas as palestrantes e a todos os fatores do ambiente que me fizeram chegar a esse aprendizado através da raiva! Bjos! Fuiiiiiiii!

sábado, 18 de abril de 2009

Sem palavras!


Wilma Mendez diz (22:26):
tu num sabe q eu só falo besteira rsrs
Tiago diz (22:27):
ah e eu será q não?
Tiago diz (22:27):
kkkkkkkkkkkk
Wilma Mendez diz (22:28):
pelo menos na minha visão vc parece mais inteligente ou mais calado rsrs
Tiago diz (22:28):
eu não entendi (acho q isso discarta o mais inteligente né :S)
Wilma Mendez diz (22:29):
kkkkkkkkkkkkkkk
Wilma Mendez diz (22:29):
vou traduzir
Wilma Mendez diz (22:29):
Wilma Mendez diz (22:26):
tu num sabe q eu só falo besteira rsrs
Wilma Mendez diz (22:29):
Tiago diz (22:27):
ah e eu será q não?
Wilma Mendez diz (22:30):
Wilma Mendez diz (22:28):
pelo menos na minha visão vc parece mais inteligente ou mais calado
Tiago diz (22:30):
anh continue
Wilma Mendez diz (22:30):
pronto
Tiago diz (22:30):
¬¬'
Tiago diz (22:30):
tu só repetiu o texto continuei sem entender
Wilma Mendez diz (22:32):
eu quis dizer q tu parece mais inteligente q eu ou mais calado pq na biblia não falam q os burros tem que calar a boca pra não comprovarem o fato de eles serem realmente burros e há tb quem se cale por ser sábio rsrs pense numa tradução bem feita
Wilma Mendez diz (22:32):
tô pensando até me escrever pro Papa pra fazer as notinhas de rodapé da biblia
Tiago diz (22:33):
ixi eu não recomendava não
Tiago diz (22:34):
deu um nó no meu cerebro a história dos burros, mas pelo que eu entendi, eu tb podia ser um burro que me calo pra não comprovarem o fato que eu sou burro ^^
Wilma Mendez diz (22:34):
tá vendo como eu entendo de filosofia? rsrs
Tiago diz (22:36):
tou sim, é a primeira teoria convincente que me fez pensar que eu sou burro :P
Wilma Mendez diz (22:36):
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Wilma Mendez diz (22:37):
poxa! eu tenho que registrar essa resenha no blog
Wilma Mendez diz (22:38):
a teoria de ser burro ou não ser rsrs
Tiago diz (22:39):
é uma boa, muitos burros em potêncial q n sabem disso vão descobrir
Wilma Mendez diz (22:39):
kkkkkkkkkkkk
Wilma Mendez diz (22:39):
isso que é pedagogia rs.....
Tiago diz (22:39):
kkkkkkkkkkkk
Tiago diz (22:39):
ohhhhhhhhhhhh
Wilma Mendez diz (22:40):
imagina qdo eu fizer psicologia clinica? rsrs
Tiago diz (22:41):
puts! tenho que conversar contigo depois desse curso
Wilma Mendez diz (22:41):
kkkkkkkkkkk

terça-feira, 7 de abril de 2009

O conteúdo tem a ver com a embalagem!


Lendo alguns blogs hoje até renomados, percebi que existe muita inteligência nas pessoas e como elas pensam,o que chaga até me espantar as vezes a genialidade de certas pessoas, porém o que não me desce pela garganta são os erros de português. Aqueles que você não sabe como uma pessoa com doutorado, pós doutorado ou até com PHD comete, mas enfim, me decepcionei um pouco, embora não tenha muita valia porque o conteúdo é riquíssimo, mas vale aquela boa e velha ajuda não é? Antes de publicar, faça uma verificação de ortografia, é fácil e não custa nada. Melhor do que ver a palavra "emeio" escrito por uma pessoa formada e especialista em computação!

terça-feira, 17 de março de 2009

Eu pirei! rs....Meus verbos nunca entram em acordo!


Eu não quero fazer pós-graduação, EU quero fazer MESTRADO! Porquê? Simples. Porque eu quero!
Nessas últimas duas semanas, menos, nos últimos dois dias rs... andei pensando pra que eu vou fazer pós seu eu já sei a maioria das cadeiras (e não é mentira tá? muá aqui anda fazendo pós piratas a distância) então pra economizar meu salário que já num é muito e minhas horas e horas de matança de aula! Péssimo costume, mas quem manda ensinar o que já sei ou não sei!? eu resolvi que vou fazer mestrado após a graduação e eu vou conseguir porque quando eu coloco uma coisa na cabeça me segure! Considerando, antes das perguntas, eu acho que tenho estrutura sim, eu posso não saber muito inglês, o que vou tentar aperfeiçoar com todas as forças e sobre espanhol, leio muito bem e falo potunhol, mas isso vai mudar, se contar que eu quero publicar uns artigos e vou com a ajuda de gente mais doida que eu: uns professores que estão me ajudando muito e me levando a viajar na maionese, então já que querem me dar a carta, eu digo ao povo que fico! rs...

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava
no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento
emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e
comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje
chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar
alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável...
Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início
minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama...
Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar
com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje
vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me
decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma
grande e valiosa aliada. Tudo isso é... Saber viver!!!"

Charles Chaplin

sábado, 7 de março de 2009

A Língua Portuguesa informa.....


Depois de muito pesquisar... Mentira! Foram 10 minutos de pesquisa no Google! rs...
Vamos a novas mudanças na língua portuguesa de que tanto falam e que na verdade foram assinadas em 1990. Vejam só, até pra isso o Brasil é atrasado!
Enfim, vamos aos finalmentes como dizem por aí!
Segundo o Ministério da Língua Portuguesa (que não existe, só pra você saber!) o alfabeto passará a conter 26 letras, ou seja, K, W e Y para a minha alegria estão já no alfabeto. Mas quem num sabia disso não é mesmo? Eu respondo, os "Livros de Português"! Aha!
Vamos agora as regras:
1°--> O trema será eliminado das palavras portuguesas e aportuguesadas (o que dá no mesmo), aliás tremas para aqueles que não se ligaram são aqueles dois pontinhos que a gente coloce em palavras como "conseqüência" e que você sempre se esqueceu, lembrou? Não precisa mais, afinal você não usava mesmo né?
2°--> Não se acentuam mais os ditongos abertos -ei e -oi nas palavras paroxítonas. Ex: assembleia, plateia, heroico, paranoico. Mas como para toda regra há uma excessão éi e ói permanece nas palavras oxítonas e monossílabas como herói e anéis. Força que está só no começo! rs...
3°--> Não se acentua mais o hiato oo e ee: Portanto, palavras como enjoo, leem, veem vão ficar assim, não que meus alunos se importem com isso, mas vou gastar bem menos tinta vermelha na hora de corrigir as redações!
4°--> Não se acentua mais o -u tônico nas formas verbais rizotônicas (acento na raiz) quando precedido de -g ou -q e seguido de -e ou -i (grupos de que/qui e gue/gui) e também não se acentuam mais o -i e -u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo. Entendeu? Eu também não! Mas vamos aos exemplos: enxagúe=enxague; saiínha=saiinha e averigúe=averigue. Também eu não usava mesmo! rs... Você usava!? Admita!
5°--> Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo as consoantes se duplicarem.
Ex: auto-sugestão=autossujestão, anti-social=antissocial.
Obs: O hífen permanece nos prefixos: super, inter, hiper, ex, vice, soto, circum, pan, pré, pró e pós, mal, bem, além, aquém, recém e sem. Portanto, fiquem felizes, porque seu ex-marido continuará sendo ex e seu plano ainda pode se chamar pan americano.
Mas vamos relaxar um pouquinho né? Afinal, são tantas regras que até sufoca a gente, sem contar nas milhares de regrinhas que veem descritas nelas, mas voltemos ao nosso árduo e belo capítulo de hoje. Vamos! Não seja preguiçoso, estude ou não passará no vestibular, lembra daquela redação que você levou pau, pense nisso, não é tão estimulante como um salão de beleza ou mulheres nuas, mas ajuda.
Onde eu parei mesmo?! Ah!
6°--> Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente. Ex: Você precisa de autoajuda agora e não de auto-ajuda.
7° --> Ainda no hífen, vamos ficar muito nele! Você deve estar se perguntando ainda onde o usamos né? Usamos ele ainda nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual. Vejamos: microondas passará a ser agora micro-ondas, antiinflamatório, anti-inflamatório. Legal né?!
8°--> E por último, aquelas que terão mudanças, mas que não se encaixam em lugar nenhum, são essas! Não se emprega hífem (sim, ele de novo) em certos compostos que se perdeu, em certa medida, a noção da composição. Ex: pára-quedas=paraquedas, manda-chuva=mandachuva.
Ufa! Agora você está pronto para escrever e ser um bom português, afinal, a nossa língua é só apenas uma das mais complicadas e mais difíceis de entender, mas nada que uma reforma ortográfica e um jeitinho brasileiro não dê jeito né! Afinal, quem disse "q excrever axim tem algum probrema!?"

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Homos Leptops!



Diante de todas as reformas que tenho visto na Educação, como o salário de 950,00 R$ para os professores (o que ainda não é lá essas coisas), o que mais me espanta é a chegada dos leptops para os professores da rede estadual de ensino.
Ah, bem que eu queria ter um, afinal, todos querem e de graça melhor ainda!
Mas vamos pensar bem no caso, o governo mandou os leptops e aí? O que eu faço com eles? São pra que? Planejar aulas, chamadas? O que fazer com ele?
E é isso que assola muitos professores, não saber como lhe dar com a tecnologia, o que faz com que muitos se sintam burros ao quadrado por verem cada vez mais as coisas evoluindo, andando numa escala de 0 a 100 e eles lá, parados sem saber como mexer naquela máquina, principalmente aqueles que foram criados no antigo sistema e cujo seu caderninho amarelo vale mais do que um laboratório inteirinho!
Trabalho numa escola com mais ou menos 60 professores e constatei que a maioria nem sabe ligar o leptop, por isso, seus famosos e dados dinheiro do Estado nessas máquinas foram para a mão dos filhos e outros parentes dos professores que tomaram posse, sem contar que o laboratório que existe na escola anda dado as moscas, alías, aos sapos rs... pelo fato de que faltam professores formados na área que estabeleçam programas e regras para o ensino de informática que tanto o governo ser gaba quando fala.
Resultado da Moral da história: Professores recebem os leptops que vão para as estatísticas, governo fala dos laboratórios que abriu (mas não fala dos que não são usados) para aumentar a média das estatísticas também, mas cadê a prática? Onde está o ensino realmente?