domingo, 30 de novembro de 2008

Essa merece dez!



Corrigindo uns trabalhos do unidade que está por terminar sobre poesias da época do Modernismo, lembrei da que tinha usado pra me inspirar e de um poeta que gosto muito!

Segue aí...


Quem é Fernando Pessoa?
Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.


Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.
É considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa, e o seu valor é comparado ao de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou-o, ao lado de Pablo Neruda, o mais representativo poeta do século XX. Por ter vivido a maior parte de sua juventude na África do Sul, a língua inglesa também possui destaque em sua vida, com Pessoa traduzindo, escrevendo, trabalhando e estudando no idioma. Teve uma vida discreta, em que atuou no jornalismo, na publicidade, no comércio e, principalmente, na literatura, onde se desdobrou em várias outras personalidades conhecidas como heterônimos. A figura enigmática em que se tornou movimenta grande parte dos estudos sobre sua vida e obra, além do fato de ser o maior autor da heteronímia.
Morreu de problemas hepáticos aos 47 anos na mesma cidade onde nasceu, tendo sua última frase sido escrita na língua inglesa, com toda a simplicidade que a liberdade poética sempre lhe concedeu: "I know not what tomorrow will bring... " ("Eu não sei o que o amanhã trará").

Poesia sem nome

" Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei".

"Se eu te pudesse dizer"
Da saudade que sinto
Tu irias compreender
O medo que pressinto.

Guardo em meu peito
"O que nunca te direi"
Entende este meu jeito
E toda dor que guardei.

Precisamos enaltecer
Nossa história de amor
"Tu terias que entender"
Que nunca houve desamor.

A saudade quando chegar
Vai machucar muito, eu sei
Impossível querer sossegar
"Aquilo que nem eu sei."

Essa poesia foi e é importante pra mim porque mostra a fraqueza do ser humando diante dos seus sentimentos, os quais realmente nunca são seguidos. Porque é tão difícil demonstar amor numa sociedade que sempre esteve carente dele? Talvez porque sejamos tão hipócritas pra admitir que precisamos uns dos outros pra amar?

Um comentário:

Tiago Fagner disse...

Ferando Pessoa, muito bom Wilma! Se eu fosse tua professora só pela citação te dava 10 ;)